domingo, 9 de outubro de 2011

Geléia de amora que era pra ser de morango...

Resolvi iniciar uma dieta "natureba"...

Não vou negar esse dom que Deus me deu, afinal, eu sou vegetariana desde criancinha e não é por opção, mas intolerância. Têm pessoas que já nascem assim intolerantes: eu!

Então pra que negar minha essência?

SIM! Eu vou começar a ser mais natureba! (natureba não é perjorativo, antes que os politicamente corretos reclamem, é um apelido fofinho).

Fiquei sabendo de uma tal de "alimentação viva" conversando com o Ado um dia desses (sim foi conversando com uma pessoa que fiquei sabendo, não eu não vi no Globo Repórter, não, eu não vejo TV, sim eu sou estranha). Me interessei e fui procurar saber mais, afinal eu gosto de cozinhar e to precisando comer coisas mais coisas saudáveis. Basicamente essa alimentação consiste em incluir na sua alimentação grãos e sementes germinados, que têm o poder nutritivo potencializados. Nâo vou me alongar muito na explicação, porque a intenção é contar de onde surgiu a ideia da naturebisse.

Comecei a refletir sobre a quantidade de porcaria que eu como e me lembrei de um programa chamado "Você é o que você come", ou seja, eu sou um monte de porcaria, gordura e açúcares!!! Na próxima festa à fantasia vou me vestir de cupcake!

Pesquisei, pesquisei sobre a tal alimentação e resolvi que vou incluí-la na minha vida. Isso não é fácil, principalmente porque tenho que criar um cardápio, germinar minha própria comida, inventar ou copiar receitas e por fim evitar de comer os outros alimentos porcarias, mais acessíveis, no meu dia a dia.


Comer definitivamente é uma questão de hábito, e , para me habituar a essa nova dieta é necessário começar engatinhando para depois dar os primeiros passos.

Comecei a corrida descobrindo como germinar, comprei amendoim, botei na água por 8 horas, deixei escorrer por mais 8, coloquei na água de novo, deixei escorrer e voilá: está germinado!!!

Agora preciso descobrir uma receita para saber o que fazer com ele, devagar e sempre!

O próximo passo será dado com a semente de girassol. E assim eu vou caminhando, um passo de cada vez, uma semente por dia, uma nova receita para o meu caderno!

E que cargas d'água tem a geléia com isso?

Ah, sim! Com esse momento natureba resolvi cortar o açúcar, mas eu não posso viver sem ele, então achei uma saída: fazer minha própria geléia (com mascavo).

Fui ao mercado para comprar morangos, já me preparando psicologicamente para ficar o dia todo cuidando da panela enquanto o doce pega o ponto, mas, eu é que fui pega de surpresa. Não tinha morango! Desisti. Fui numa casa de produtos naturais comprar as sementes pra germinar e lá resolvi substituir o morango (afinal, nessa vida, quase tudo é substituível). Comprei ameixas pretas, sem caroço. Levei ao fogo (a lenha) e deixei cozinhando o dia inteiro.

Pronto: fiz minha própria geléia, ficou uma delícia e não tem o pó branco maledicente no meio.

Fui fotografar, pra colocar aqui, comecei capturando a cena de um pão, de repente, ele estava mordido. De repente, ele não existia mais! Tive que cortar outra fatia pra poder continuar fotografando, acabou que a outra fatia desapareceu também! Bem que diziam que a fotografia roubava as almas! Danada, roubou meu pão com geléia!

Vejam aí a fotografia que não durou nem uma fatia: