quinta-feira, 14 de maio de 2009

diagnóstico das (in)certezas

Começa no peito um vazio, um incômodo - a incerteza.
Sobe pela gargante uma azia das situações.
Os olhos são tomados por uma cegueira que torna o que era colorido em preto no branco.
Começam a surgir brotoejas das certezas sobre as incertezas.
As unhas tentam arrancar freneticamente o que antes era a confiabilidade.
A coceira leva ao delírio e à constatação de que em nada se deveria acreditar.

Profilaxia: doses díárias de desconfiança, calculismo e frieza.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Recebi de um amigo uma matéria sobre gatos, animais que me fascinam. Após ler a matéria eu resolvi fazer uma análise comportamental, social e antropológica da mesma, comparando dois grupos: os gatos e os humanos.
Antes de mais nada, leia a matéria aqui:
http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/interna/0,,OI3759899-EI8410,00.html



Comportamento dos gatos

Situação: uma gata fêmea em seu período de cio encaminha-se para o telhado mais próximo para tentar o acasalamento.


1) as fêmeas emitem miados característicos para tentar chamar a atenção dos machos.

2) os machos rodeam a fêmea...

3) o som eitido estimula o acasalamento...

4) os gatos são seres noturnos...



Comportamento dos humanos

Situação: uma mulher em seu "período de cio" encaminha-se para a "balada" para tentar o acasalamento


1) A Homo Sapiens fêmea emite sons, falas e risos altos para tentar chamar a atenção dos machos da mesma espécie.

2) os machos rodeam a fêmea na "balada" tentando se aproximar dela, se se encontram em um mesmo grupo isso pode causar discussões entre eles de quem vai "chegar", ou quem "viu primeiro", a violência aqui é mais simbólica.

3) o som que o macho e a fêmea emitem estimula o acasalamento. Podemos citar exemplos, em certa ordem de acontecimento: em um primeiro momento a música da balada pode aproximar o macho e a fêmea em uma dança de sedução. Em um segundo momento, ambos emitem sons com seu aparelho vocal ao "pé d'ouvido" do outro. Já em um terceiro momento, no "quase" ato do acasalamento, o som da respiração ofegante mostra-se extremamente estimulante. E em seguida, no ato do coito, seguido de sons emitidos pelas cordas vocais. (NOTA: nesse ítem, observa-se que nem todos da espécie emitem sons durante essa fase do acasalamento).

4) Os humanos são seres noturnos, pelo menos durante o cio, isso é comprovado com uma simples observação: as "baladas", em sua maioria, são noturnas. E ainda existem alguns seres da espécie humana que, enquanto os outros dormem, esses "funcionam melhor", (trabalham, estudam e desenvolvem atividades que exigem mais do seu intelecto) durante a noite.



Com essas constatações podemos perceber que os seres humanos em muito se assemelham a esses animais puramente instintivos. Uma outra observação interssante é de que o Homo sapiens costuma se chamar com o sugestivo nome de "gato(a)". Contudo, constatamos que a autora desse texto não tem mais nada para fazer ou que coisas que, a princípio parecem irrelevantes, tomam-lhe um precioso tempo e demandam uma criatividade de "filosofia de boteco" que poderia ser despendida em qualquer outra atividade mais importante.

domingo, 10 de maio de 2009

O pior estado onde o ser humano pode chegar deve ser esse...

Enquanto eu não sei descrever as coisas como Arnaldo Antunes, uso suas palavras como se fossem minhas...

http://www.youtube.com/watch?v=xlgsdtLgW3k

sexta-feira, 1 de maio de 2009

não é como o curso do rio

sempre sentamos no mesmo lugar do sofá, sempre comemos as mesmas coisas, no mesmo lugar, variando entre um ou dois...sempre o mesmo hábito da xícara de chá... sempre na mesma hora...sempre dormimos no mesmo lugar...
sempre o mesmo...
até mesmo nas coisas mais simples, é sempre difícl mudar, porque o mesmo´é mais confortável, não exige que pensemos muito, nem que sintamos muito, não exige...
o diferente é incômodo, faz-nos sentirmos humanos, faz sentir..
mas no curso do nosso rio tem que haver sempre os mesmos troncos onde possamos nos apoiar... onde é possível parar sem risco, porque o que queremos é sempre o mesmo.

de bater os dentes

hummmmm o frio chegou....
adoro essa sensação térmica, sair pra caminhar com o vento cortante, nariz e orelhas gelados, fone de ouvido, andando ao ritmo da música...
as pessoas ficam mais bonitas, mais bem vestidas, mais bem dispostas...
bom pra ficar em casa, ver um filme com cobertas, dormir de meias, beber nescau quente...
é bom pra tudo...para aproximar as pessoas, para comer, conhecer novos temperos, tomar aquela sopinha na caneca, bom pra dar risada e se sentir quentinho por dentro, bom pra ficar juntinho.
não há nada mais bonito que ver a coleção de cachecóis e poder visualizar as pessoas respirando.. todas encorujadas em suas roupas, escondendo o pescoço.

há quem não goste, mas eu... eu adoro o frio.