Amor no palheiro...

Não gosto da palavra arranjar.

- Arranjei alguém que consegue falar mais que eu.

Amor não se arranja, se encontra e é como agulha no palheiro, há de se procurar com o devido afinco.

Geléia de amora que era pra ser de morango...

Resolvi iniciar uma dieta "natureba"...

Não vou negar esse dom que Deus me deu, afinal, eu sou vegetariana desde criancinha e não é por opção, mas intolerância. Têm pessoas que já nascem assim intolerantes: eu!

Então pra que negar minha essência?

SIM! Eu vou começar a ser mais natureba! (natureba não é perjorativo, antes que os politicamente corretos reclamem, é um apelido fofinho).

Fiquei sabendo de uma tal de "alimentação viva" conversando com o Ado um dia desses (sim foi conversando com uma pessoa que fiquei sabendo, não eu não vi no Globo Repórter, não, eu não vejo TV, sim eu sou estranha). Me interessei e fui procurar saber mais, afinal eu gosto de cozinhar e to precisando comer coisas mais coisas saudáveis. Basicamente essa alimentação consiste em incluir na sua alimentação grãos e sementes germinados, que têm o poder nutritivo potencializados. Nâo vou me alongar muito na explicação, porque a intenção é contar de onde surgiu a ideia da naturebisse.

Comecei a refletir sobre a quantidade de porcaria que eu como e me lembrei de um programa chamado "Você é o que você come", ou seja, eu sou um monte de porcaria, gordura e açúcares!!! Na próxima festa à fantasia vou me vestir de cupcake!

Pesquisei, pesquisei sobre a tal alimentação e resolvi que vou incluí-la na minha vida. Isso não é fácil, principalmente porque tenho que criar um cardápio, germinar minha própria comida, inventar ou copiar receitas e por fim evitar de comer os outros alimentos porcarias, mais acessíveis, no meu dia a dia.


Comer definitivamente é uma questão de hábito, e , para me habituar a essa nova dieta é necessário começar engatinhando para depois dar os primeiros passos.

Comecei a corrida descobrindo como germinar, comprei amendoim, botei na água por 8 horas, deixei escorrer por mais 8, coloquei na água de novo, deixei escorrer e voilá: está germinado!!!

Agora preciso descobrir uma receita para saber o que fazer com ele, devagar e sempre!

O próximo passo será dado com a semente de girassol. E assim eu vou caminhando, um passo de cada vez, uma semente por dia, uma nova receita para o meu caderno!

E que cargas d'água tem a geléia com isso?

Ah, sim! Com esse momento natureba resolvi cortar o açúcar, mas eu não posso viver sem ele, então achei uma saída: fazer minha própria geléia (com mascavo).

Fui ao mercado para comprar morangos, já me preparando psicologicamente para ficar o dia todo cuidando da panela enquanto o doce pega o ponto, mas, eu é que fui pega de surpresa. Não tinha morango! Desisti. Fui numa casa de produtos naturais comprar as sementes pra germinar e lá resolvi substituir o morango (afinal, nessa vida, quase tudo é substituível). Comprei ameixas pretas, sem caroço. Levei ao fogo (a lenha) e deixei cozinhando o dia inteiro.

Pronto: fiz minha própria geléia, ficou uma delícia e não tem o pó branco maledicente no meio.

Fui fotografar, pra colocar aqui, comecei capturando a cena de um pão, de repente, ele estava mordido. De repente, ele não existia mais! Tive que cortar outra fatia pra poder continuar fotografando, acabou que a outra fatia desapareceu também! Bem que diziam que a fotografia roubava as almas! Danada, roubou meu pão com geléia!

Vejam aí a fotografia que não durou nem uma fatia:

(re)novando e (re)nomeando

Finalmente descobri como mudar o endereço do blog.
Ainda bem que nome de blog não é que nem nome de criança, que você registra no cartório ao nascer e nunca mais muda, a pobre sofre a vida toda se a escolha não é bem feita, fica marcada pro resto da vida, mesmo que use um apelido, ainda assim vai se lembrar. Acredito que já tenha dito isso em outra ocasião aqui...

Essa mudança se deve a uma mudança interior, estou me renovando e renomeando as rotas do caminho que pretendo traçar (seria mais fácil se a vida tivesse um aplicativo da apple com um botãozinho "restart").

(Fui interrompida por uma ligação de um decorador biba tentando me convencer de que tochas de fogo são chiques! Perdi a inspiração).

Vou compartilhar uma frase do livro que estou lendo e que foi um dos pontos altos de reflexão essa semana:

"Ninguém tem mais paciência para tolerar um amor real. Prefere um amor dentro de sua realidade".

Carpinejar - Mulher Perdigueira.

E, me considero estranha e diferente então, pois prefiro o real. Sofrido, intenso, verdadeiro, leva ao sofrimento. Prefiro um amor real, mesmo que essa realidade não seja recíproca.

Falta de Inspiração ou falta de tempo?

Hoje eu estava relendo meu blog e percebi que faz tanto tempo que não escrevo. Não sei se me falta inspiração ou tempo, mas certamente as palavras não me surgem como antes. Acho que estou emburrecendo...

Orgulho....

O percurso que a vida tem é no mínimo engraçado e certamente nada linear. Somos colocados em situações em que precisamos aprender a ser independentes, orgulhosos e fazer tudo sozinhos para sobreviver. É como um mecanismo de defesa que nos faz aceitarmos a vida como é. E dizer que essas atitudes são mecanismos de defesa não é nada mais que uma desculpa para não admitirmos que somos orgulhosos e que temos a "absoluta certeza" de que conseguimos carregar o mundo nas costas.

Prostar a cabeça e ajoelhar-se diante da vida é uma tarefa difícil, dolorosa, mas necessária.

E aí está a não-linearidade da vida, ou a causa e efeito. Lao Tzé já sabia disso há um bilhão de anos.


"Só temos consciência do Belo
quando conhecemos o feio.
Só temos consciência do bom,
Quando conhecemos o mau.
O grande e o pequeno são complementares.
O alto e o baixo formam um todo
O tom e o som se harmonizam.
O antes e o depois seguem-se um ao outro.
O passado e o futuro geram o tempo.
O longo e o curto se delimitam
O ser e o não ser geram-se mutuamente.
O sábio executa sua tarefa sem agir.
O sábio tudo realiza - e nada considera seu.
O sábio tudo faz e não se apega à sua obra."


E aqui segue o meu verso: Só aprendemos a ser humildes quando temos consciência do nosso próprio orgulho.

Nesse ponto, não aprendemos apenas sobre a humildade, ela é um eterno aprendizado. Refletimos sobre a vida, sobre quem somos, o que fizemos, onde estamos, onde queremos chegar e como faremos isso. Refletimos que tipo de pessoas somos, para nós e principalmente para os outros.

É chegado esse momento em que sentimos a necessidade de sermos pessoas melhores...

Não tem fim, continua, deve continuar....

Ufa

Ufa...

Ao menos tenho um lugarzinho pra desabafar...

Há situações em que nos colocam que são tão sufocantes, tão sufocantes, que você se obriga a afastar-se da própria vida.

Para não ter que ferir ninguém, fere-te a ti mesmo!

O Big Brother está me vigiando, o tempo todo, ele conta as minhas palavras, brinca de Scrabble e faz delas o sentido que deseja.

Assim vou para o banco dos réus: e eis o sentido de "suas palavras serão usadas contra você!" Aprenderam isso no Manual do Inquisidor.

Preciso comprar um diário para poder desabafar offline...

desconforto

to sentindo um desconforto e não me tem nenhuma etiqueta sobrando...